2013/02/18

“Deixa sangrar ( DOIS ) ” – Czar D’alma.


“Deixa sangrar  (Dois)” – Czar D’alma





“Deixa sangrar  (Dois) ” – Czar D’alma.




Eu vou deixar sangrar
Essa ferida até o fim.
Não mais me curar
Tirar você de mim.

Eu vou rasgar minhas vestes
E de cada lânguida noite tua
Destilar o favo néctar
Dormir em meio às tuas preces.




Vou sangrar até não mais respirar
Deixar teu cheiro em meus pulmões soltar
Catar do sonho o que foi plano, suar o desejo infame...
Dominar essa mulher tua que sozinha arde em si.

Se das veias aortas eu secar
Tu velas esse sertão carmesim.
Quando o sol não mais brilhar
Sangrar do início até o fim.




Eu rogo em meio às dores...
Deixo sangrar o vinho sangue doce
Embriagando-se tu do lírico em foice
Onde tudo iniciou-se e onde jamais previa que se fosse.

Então eu deixo sangrar pela minha saia
A coisa linda que sugastes
Quando em meio aos seios pranteastes
As doenças tuas que curei na cama pra ti.




Seja o tempo que virá
Irei sangrar até parar de respirar.
A chuva desta noite veio e fostes
Como um hino aos delírios doce.

Deixa eu sangrar, deixa amor
Por que quando eu acordar
Não quero mais me ver por ali
Sangrando o veneno doce sem porvir.




Em meio às tormentas lutamos
Quando choramos um ao outro consolamos
No mercado, banco, templos e feiras tu disseste sim.
Eu pensava que comigo fosses feliz.

Se eu sangrar me curo
Dessa maldita sorte de te amar-te sem ter fim...
Passa pelos oceanos ardentes artérias
Para o porto do sangrar até não mais sentir.




Quando eu sangro, eu sonho, eu durmo, eu canto e sumo
Pra que tu não te culpes a mim.

Deixa eu sangrar calada sem vestido como na praia
O leito que de leites fizeste pra sugar de mim.
Mulher que sou irei até os sete mares, vil que a alma pede
Não aclama a sebe jamais ressente a plebe por estar não na pele.




Um sangue teu, tua carne, tua costela
Essa Eva em tons mulatos quer suprimir o teu jardim.
Tu gostas desse jogo amargo, de tomar de mim em tragos...
Mas hoje foste embora, por que um deserto jaz em mim.

O sentido que é sangrar por amar-te
Lavar teus pratos, tuas cuecas, seus sujos panos...
Onde eu me dava por sentido sem ter fim.
Agora que eu durmo em lotes comprimidos pra dormir.




Eu aclamo em farmácias, implorei aos doutores
Mas eles me disseram que o Amor não se cura...
Ao menos que deixe sangrar




Até o



 fim.



“Deixa sangrar  (Dois)” – Czar D’alma.
  

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